sexta-feira, 6 de julho de 2012

Centenário de Luís Gonzaga ´´O rei do Baião``




LUÍS GONZAGA_ Luís Gonzaga do Nascimento 13-12-1912 (Exu Pernambuco) 1-8-1989 (Recife, Pernambuco). Filho de um músico sanfoneiro (Januário), tocou sanfona desde criança e ingressou no exército em 1930, viajando com as tropas pelo Brasil. Em 1939, estando no Rio de Janeiro pediu dispensa da corporação para tornar-se músico em casas de baile e cabarés, chegando a tocar nas ruas para ganhar o sustento. Em 1941 apresentou-se com sucesso no programa de calouros de Ary Barroso na Rádio Nacional apresentando a toada Vira e mexe. Passou a acompanhar cantores, fez gravações como instrumentista, trabalhou em várias rádios apresentando músicas com ritmos regionais, principalmente do nordeste. A partir de 1945 passa a gravar também cantando, obtendo o primeiro sucesso com Dezessete e setecentos (com Miguel Lima) e fixou uma parceria com o jornalista cearense Humberto Teixeira, com quem passou a compor peças de temática nordestina, estabelecendo o ritmo do baião. São produtos dessa parceria as obras Baião (1946), Asa Branca(1947), Juazeiro (1948), Paraíba (1950), Assum Preto (uma transposição de Asa Branca para modo menor) e Respeita Januário (1950). Passou a ter como parceiro Zé Dantas, destacando-se as obrasCintura Fina (1950), ABC do Sertão (1950), Vozes da Seca (1950). Passou a ser denominado o "Rei do Baião". Pai do compositor Gonzaguinha, passou a ser chamado de Gonzagão a partir da década de 80.



Asa Branca


Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

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